Ela gostava de lançar perguntas de retórica para o ciberespaço. Regra geral correspondiam a questões que se fazia a si própria no momento; o éter da net servia apenas como uma espécie de confessionário e, reconhecia no íntimo, como pequenos testes malandros. Naquele dia, escreveu
e começa-se a arrumar por onde?
Alguns comentários sobre como arrumar objectos ou ofertas de ajuda mais ou menos jocosas, aterraram no wall. Ela abanou a cabeça pensando: "água". Segundos depois, um dos seus melhores amigos de sempre respondeu
pelo mais difícil.
A mulher sorriu de orgulho e agradeceu o conselho sábio. Cinco dias depois, ainda está a acabar de arrumar o mais difícil; só agora começa a perceber que não é uma questão de quantidade de prateleiras mas antes de capacidade de deitar fora, algo que ela sempre se achou tremendamente dotada para fazer. A nossa língua é cheia de metáforas.
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