Depois do telefonema tinha ficado com aquela sensação estranha. Aquela que lhe dizia duas coisas muito simples
1. Não te apetece nada fazer isto, estás a dizer que sim porque achas que precisas disto
2. Isto é tudo treta deste gajo, existem outras intenções por detrás e tu sabes bem que sim
Ficou com aquela coisa a incomodar-lhe a barriga o fim de semana todo. Tomou então a decisão de finalmente dizer não por conveniência. Não a do costume mas a própria. Por sua própria conveniência ou seja, para seu próprio bem, ia dizer não.
Fez o telefonema e, em breves palavras, disse. A mulher sorria ao desligar o telefone: fora fácil respeitar a sua vontade e contrariar os vícios do estabelecido pela Regra Geral dos Medos do Mundo, muito mais fácil do que supusera. A sensação estranha tinha-se transformado numa sensação boa. Ambas tinham o mesmo nome: intuição.
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