Esta brincadeira começou há sete anos, tinha ele precisamente cinco. O miúdo, como todas as crianças, era fascinado pela cozinha; então instituímos que todos os anos saudaríamos a chegada do Outono, cozinhando biscoitos. Assim temos feito até hoje, com uma diferença maravilhosa: de há dois anos para cá é ele quem reclama as boas vindas feitas de farinha, ovos, manteiga e açúcar.
Este ano, incluímos mais uma novidade: o meu marido resolveu juntar-se a nós e trouxe peixinhos, porquinhos, veados, cavalos, árvores e velas em formas pequeninas que contaram outras histórias à nossa tradição de Outono. Depois, foi mais uma hora a soprar farinha e a lavar tigelas, colheres e bancada. Mas tudo isso vale. Vale muito mais que três horas passivas diante de um écran. Nada fica mais na memória do que um cheiro verdadeiro, uma gargalhada expontânea ou um conto que se desfia enquanto seis mãos desenham fantasias na massa. O meu filho é prova disso. E por isso todos os anos insiste.
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