domingo, 26 de outubro de 2008

Matar saudades

No sábado, éramos nove. 
Começámos por ser oito na cozinha, enquanto eu adereçava a carne com os ingredientes mais simples do mundo, entre copos de vinho saboroso, cigarros e cigarrilhas aspirados no doce prazer de muitas conversas que se cruzam e entrelaçam em abraços rendilhados. 
Fomos nove à mesa com a companhia do meu filho de doze anos, para muitas coisas mais adulto que muitos, e um verdadeiro companheiro em ocasiões como esta.
No sábado, éramos nove. 
E quando se foram embora os últimos, às quatro e muito da manhã, tive muita pena. Pena de não ter dito mais vezes o quanto gosto deles. Pena de não ter demonstrado suficientemente o gozo de os ter aqui.
No sábado éramos nove. 
Nove verdadeiros amigos. Por isso é que não é preciso dizer mais nada. Eles compreendem tudo. Muitas vezes mais do que a nossa conta. 
Voltem sempre meus queridos. 

Sem comentários: