terça-feira, 7 de outubro de 2008

Golias

O verde fazia-me falta. Mas não era o verde cortado. Era o verde que cresce todos os dias, o verde que é preciso cuidar porque também fica triste com conversas tristes e reage com vida ao toque da nossa mão. Como não podia deixar de ser, apaixonei-me por um verde grande, lindo e brilhante, a que chamei Golias. 
"Não fique triste se ele perder as folhas todas", disse a jardineira, "... é natural"
Enganou-se: por cada vez que se despe, o meu verde veste-se de novo. E não é por vergonha. Natural foi para ele fazer parte do meu espaço e renovar-se todos os dias.
Por umas gotas de água borrifadas com cuidado, tenho oxigénio e força de vida á borla, diariamente. Maravilhas de uma natureza em que muitas vezes não reparamos.

2 comentários:

carlos disse...

gosto de se estar a tornar um hábito agradavel.
beijo

Filipa M. disse...

É tão bom ler-te...