Havia muito tempo que não fazíamos isto. A lembrança e a sugestão foram tuas e ainda bem, meu Amor. Tinha saudades destas sessões contínuas de cinema, da escolha das combinações mais perfeitas para entrar num rodopio de sensações na sala A e, ainda a esfregar os olhos, preparar o corpo e a capacidade de envolvimento para as que se seguirão na sala B. Sentia a falta de fingir que não vejo quando olhas para mim no meio de um filme com essa expressão meio-divertida-mas-sempre-ternurenta de quem não percebe como posso entrar tanto e quase fazer parte de uma história fabricada.
Mas o mais bonito é saber que, mesmo não compreendendo, são esses meus exageros emocionais uns dos grandes culpados da forma como gostas de mim.
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