Confesso que tenho muito pouca resistência a provocações. É certo: geneticamente fui pouco dotada de um sistema imunitário eficaz a este tipo de maldadezinhas que são sobretudo praticadas pelo género feminino. Nessas coisas, acho que sou muito homem. Demasiado directa. Básica, mesmo. O que tenho a dizer, digo na cara; se gosto, sou exagerada em afectos, se não, vê-se na minha expressão e não consigo perder tempo a fingir outra coisa.
O que eu gostava era que não me afectassem; mas afectam. E magoam-me ainda mais quando não fiz absolutamente nada para as merecer, quando interferem com a minha vida e com a da minha família por causa de uma característica horrorosa do ser humano chamada inveja.
Estou a aprender a proteger-me. Porque, afinal, ninguém o faz por nós.
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