No mar transparente e quente, o miúdo mais velho e eu fazíamos carreirinhas. Na excitação do momento eu era pouco mais velha que ele, forçando-me a recuperar por instantes a consciência de mãe. De súbito, ouço
- Olha a ondaaaaaa....!
Uma voz dos dezasseis anos pulou na minha memória. Saí rapidamente debaixo de água e procurei. Diante de mim, um grande amigo de adolescência comportava-se tal e qual como eu.
- Alexandreeeeee!
Gritei.
Beijos e abraços sucederam-se entre mil memórias atropeladas daqueles tempos, sob o olhar atónito dos filhos de ambos perante tão pouca maturidade dos pais.
Um grandioso jantar já se prepara para recordar velhos tempos. Agora percebo os meus pais.
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