Ás vezes, somos comboio desenfreado numa linha recta, com paragens nas estações certas e recolha de passageiros que nos fazem seguir em frente. Outras vezes, a linha quebra, descarrilamos, enganamo-nos nas estações, entram seres indesejáveis que apenas baralham e estragam bancos de couro cheio de história com lixo indesejável. Nesses momentos, perdemos a direcção; somos comboios tontos em busca de não se sabe bem o quê. O que vale é que o nosso instinto de sobrevivência dá uma ajuda: afinamos as máquinas, desistimos de ver a encruzilhada e olhamos de cima procurando de novo o horizonte límpido.
É importante voltar a nós próprios e alinhar. É verdade que ficamos mais distantes de tudo o resto. Mas pelo menos vemos mais claro o caminho, voltamos a ser nós. Nada mais interessa.
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