Talvez seja da bruma.
Da humidade tão fina que se sente nas pontas dos dedos.
Do odor fresco.
Não importa o quê.
Apenas sei que estes dias me devolvem o cheiro da terra,
o céu gigante com todas as constelações à distância de um braço,
a natureza fértil, feminina,
a dádiva avassaladora.
Nestes dias, transporto-me inevitavelmente a África.
E sinto saudades.
Esta é uma semente que conheci tarde mas que, apesar de tudo,
se plantou bem firme,
feita raíz poderosa como a de um embondeiro.
O nosso coração não tem tamanho.
Sem comentários:
Enviar um comentário