quinta-feira, 17 de novembro de 2011

cidades de anjos

Sentada no sofá, saboreava um copo de champagne enquanto mudava os canais. O filme, aquele filme que já vira inúmeras vezes, fê-la abandonar o comando. Recostou-se e reviu, reviveu as frases, relembrou os diálogos. O marido apareceu, nem o deixou falar, apenas se encostou nele e no seu calor. O significado, aterrou, gigante, no coração: existem anjos nesta terra, passamos por eles todos os dias, dão-nos encontrões pedindo desculpa gentilmente, apanham as chaves que deixamos cair, servem café com sorrisos, abrem portas.
Quando o filme acabou, não conseguia proferir uma palavra. Mas sentia-se cheia. 


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