quarta-feira, 16 de maio de 2012

passado

O telefone fixo não tocava, apitava de forma estridente, impedindo qualquer chamada. Uma das raparigas, assolada por náuseas súbitas, foi-se embora. A mulher mais velha tinha perdido o brilho. A de quarenta e muitos estava sem ar. Na rua, apesar do sol, a energia era densa, estranha. Foi ontem e ainda bem que já é passado. Por certo durante a noite um dos senhores do céu usou uma das suas vassouras gigantes e varreu, varreu, quanto de menos bom pudesse andar a flutuar por aí. Hoje (valham-nos os clichées nestas alturas) é um novo dia.

Sem comentários: