A mulher decidira que este ano retiraria da sua lista interior todos aqueles que não sentia como verdadeiros no seu apreço por ela, deixando de fazer caso a compromissos ou a eventuais susceptibilidades. Assim, pensara, sobraria espaço para os que realmente sempre tinham lá estado e para novas amizades, sempre bem vindas. O seu quadragésimo-séptimo aniversário aproximava-se a passos largos; esse era o momento onde realmente poderia verificar se passaria à prática. Fez então a lista escrita daqueles que queria por perto e deu-se por satisfeita. Eram de facto os importantes, os não-invejosos, os companheiros de verdade. 'A idade dá-nos o privilégio da escolha real', pensou.
2 comentários:
mas restam tão poucos...estou numa fase de um profundo desconforto com a humanidade no geral (sinal de que esse desconforto é comigo mesma...) e com uma enorme vontade de mandar uma série de gente à merda
Carlota
Então manda mesmo, querida Carlota. Não sou ninguém para dar conselhos mas a única coisa que sei por mim é que esta é uma época de escolhas, do verdadeiro separar das águas. Poder ter isso nas nossas mãos (e podemos) é um enorme privilégio.
Um beijo,
Alex
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