A mulher viu a imagem e pensou como as pessoas falavam demais, como se introduziam na vida dos outros a mais, como opinavam sobre assuntos íntimos sem pejo ou um mínimo de decência, como se tivessem absoluta propriedade sobre o que se passava lá fora. No fundo, era uma tristeza, esse foco permanente no exterior, significava simplesmente o desviar das atenções do interior, o disfarçar de lacunas, autênticos buracos na existência. A mulher desviou a atenção e calou a sua voz de dentro. Ela venerava o silêncio.
(obrigada pela imagem, Carlota)
(obrigada pela imagem, Carlota)
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