sábado, 11 de abril de 2009

O caçula

Tenho sono. Muito sono. A cabeça descai-me diante do écran do mac, as pálpebras pesam como chumbo, as mãos cessam de teclar. Tenho um trabalho árduo e longo pela frente: rever pela quinta vez o meu manuscrito e, agora, usando toda a minúcia, procurando o mais ínfimo detalhe, porque esta vai ser a derradeira vez. Depois, ele seguirá em direcção às máquinas e aí nada mais haverá a fazer: qualquer tropeção na língua ficará para sempre rotulado como tropeção da autora. Por isso este passo é tão importante. E, no entanto, adormeço. Sim. Roubaram-me horas de sono. Com toda a justiça e pleno direito. 

Por muito relevantes que sejam outras coisas, nada é mais importante que alguém que decidimos fazer crescer neste planeta para um dia largar à sua sorte e, quem sabe, mudar o mundo.

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