A barriga cresceu. Enchi caixotes. Mudei de casa. A barriga cresceu mais. Abri caixas. Disse olá a objectos queridos, adormecidos noutro lado há dois anos. Rearrumei móveis. Montei quartos de fresco. A barriga continuou a crescer. Fiz uma estante para colocar palavras preciosas. Mudei de escritório.
E a barriga já não pode mais. Dois relógios biológicos começam a dar horas, forçando o metabolismo a abrandar, as pernas a doerem para obrigar a parar, o pulmões a pressionarem o peito para respirar mais devagar e-assim-impor-a-paragem-da-espera-final.
Venha ela porque eu preciso mesmo.
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