domingo, 8 de março de 2009

Amigos de Alex

Ontem dei um jantar lá em casa. Aliás, sendo completamente justa, deram-me um jantar; eu só assei batatas e carne com imensas especiarias, mostarda e mel. Os meus amigos fizeram o resto, ou seja, trataram-me como convidada: ofereceram-me a cadeira para não estar de pé muito tempo, obrigaram-me a permanecer na mesa enquanto retiravam os pratos e arrumavam a loiça na máquina, enxotaram-me carinhosamente da cozinha no momento de fazer o café. Para além disso (que já não seria pouco) ainda tiveram tempo para atenções e gestos delicados, elogios e piscadelas de olho de quem percebe os momentos em que nos sentimos menos bem.
Talvez não saibam o quão agradecida estou. É que nesta fase, que parece quase uma pré-adolescência de tanta hormona à solta, confesso que estou bem mais tonta: estes carinhos enfiam-se-me na pele como agulhas pequeninas e delicadas que colocam tudo numa outra perspectiva, obrigando-me até a ver o que não quero, nem que seja por comparação.
Só espero ter sido capaz de demonstrar o quanto me fizeram bem. Mas se não foi assim, primeiro peço desculpa e segundo aqui fica este texto, bem merecido para todos eles.

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