terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Segunda às 9.

Os logotipos das mega-produtoras de Hollywood surgem no écran pintados por um sem fim de botões. O público não aguenta e esboça um sorriso. Depois, o filme entra pelas pessoas adentro, suavemente, numa história linda, sem pontapé e chapada, sangue ou violência, violações ou assassinatos, desenrolando uma ideia invulgar. O público assiste e fica em silêncio. Nem mesmo as malditas pipocas são audíveis, benza-o Deus. A assistência sorri, ri, fica de lágrimas nos olhos, sente pena e alegria, misturando os seus sentimentos com os que surgem diante dos seus olhos. É certo que também prevê o final mas que mal tem se ao longo de três horas o cinema voltou a ter a capacidade de maravilhar? Robert McKee diz que quando uma história é boa e bem contada, as pessoas não conseguem proferir qualquer palavra à saída. Aconteceu ontem, numa das salas de cinema de Lisboa. E acredito que voltará a acontecer hoje, amanhã e muito depois.

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