Desde miúda devoro livros. Devia ter uns catorze anos quando os meus pais deixaram cair no meu colo "O Homem", de Irving Wallace. É a história de um negro que chega a Presidente dos Estados Unidos da América por ser o quarto, pelo mero acaso de um acidente tirar a vida ao vencedor das eleições - claramente, um branco -, assim como aos três sucessores imediatos na linha - obviamente brancos, também. A trama, como uma ventosa, agarrou-me do princípio ao fim; acima de tudo, o meu fascínio residia na possibilidade inimaginável de um homem de raça negra chegar à presidência de um dos países que mais tentam disfarçar, sem sucesso, o seu profundo e arraigado racismo. Nunca me esqueci deste livro e da sua mensagem: tudo pode mudar, mesmo o que parece imutável. O dia de hoje é a prova. A América vai ter um Presidente chamado Barack, Hussein e Obama. Vai tê-lo porque a maioria dos votantes acordaram com a sua mensagem e decidiram acreditar na mensagem de um homem fora do sistema. Yes, he did it.
And I sincerely hope and pray that they let him do.
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