segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Esperanza

As nuvens chegaram sem se fazer anunciar. Carregadas de fúria, negras como breu, trouxeram consigo a discórdia, o conflito, a tristeza. Deixaram-se estar, por muitos dias: o ar sufocou, ouvidos estalaram, exaustos. Ontem finalmente choveu. Copiosamente. Devassaram-se barreiras. A água arrastou mil e uma incertezas, preencheu crateras, lambeu feridas, matou a sede de fé. 
Resta esperar pelo depois, acreditando que a transparência queima e renova a terra, tornando-a fértil de novo.

1 comentário:

Filipa M. disse...

Eu acredito em tão sábias palavras.