segunda-feira, 17 de novembro de 2008

As minhas Flores

Quando era adolescente tinha poucas amigas e muitos amigos. Eu não percebia porquê e tinha pena. Agora sei que as verdadeiras estavam-me reservadas para mais tarde: nesta fase da minha vida posso orgulhar-me de ter amigas daquelas que se escrevem com maiúsculas bem grandes. São todas lindas por dentro, cheias de força por fora e muitas ainda conseguem fazer parar o trânsito, embora (e isso é que ainda é mais bonito) se estejam nas tintas para o facto. Hoje almocei com uma e fiquei cheia de saudades dela; e, por pura coincidência, sentou-se-nos ao lado, outra, de quem também fiquei com saudades, razão pela qual liguei imediatamente a seguir. 
O entendimento sincero entre amigas não precisa de muitas palavras: a famosa intuição salta passos e explicações, dá sinais de alarme que fazem com que nos falemos às horas mais disparatadas, provoca ataques de riso em simultâneo sem pré-aviso e oferece consolo mesmo se separadas por um fio. A amizade entre mulheres, quando existe, é entre mulheres que antes de mais sabem estar consigo. Precisamente por saberem retiram a solidão da vida de todas porque preenchem espaços e dão conforto, mesmo não estando lá sempre... porque na verdade estão. Estão mesmo. Obrigada minhas flores.

2 comentários:

Filipa M. disse...

Não é difícil uma pessoa tão especial como Tu, uma flor que é precisa em qualquer Jardim da Amizade que se preze, ter amigas assim...

Sabes que és daquelas Amigas que deixas muita saudade??

Beijo do tamanho do carinho que tenho por ti (ou seja "bué" grande!)

Leonor Silva Carvalho disse...

Minha querida ter uma amiga como tu, ou melhor uma mana de alma, é um privilégio.Também o meu jardim fica mais rico.
O encontro foi tarde mas para a vida.
Para ti estou sempre aqui.
Um beijo enorme cheio de saudades