sábado, 3 de agosto de 2013

férias grandes

Em pequeninos chamávamos-lhes férias grandes. Para mim, eram enormes, imensas no reencontro de Espanha, dos abuelos, de tios e primos queridos. Inesquecíveis nas festas de Navarra de onde guardo memória de tradições maravilhosas como o juego de pelota, o cantar delicado de grupos de homens de casa em casa, los gigantes y cabezudos, as danças populares nas praças lindas e bem cuidadas dos pueblos. Ali conheci primeiros amores platónicos, tomei contacto com a musicalidade estranha da língua basca, numa província onde a hospitalidade não tem a hipocrisia do turismo mas antes uma espécie de orgulho semelhante ao de Ocatarinetabelachichix,onde apenas serás autenticamente bem vindo se te aceitarem como fazendo parte.
Como uma brisa do sul que se deslocasse em viagem ao norte recolhendo pequenas amostras à passagem, prometo ser delicada no transporte cuidado dos pormenores para contar os odores, as sensações, as cores, as emoções, em bocadinhos, ou todos de uma vez. Prometo.


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