sexta-feira, 6 de julho de 2012

novo mundo

O mundo já não é o que era. Para muitos, esta será uma visão pessismista. Eu, não consigo vê-lo dessa forma. Com todas as convulsões, acredito que tenhamos aprendido a criar nas nossas vidas menos desperdício, tendo mais prazer e mais consciência naquilo que consumimos, ficando mais livres de pressões materiais e mais atentos a valores humanos. Onde muitos vêem poucas oportunidades, eu consigo achar que é possível descobrir algumas. Onde alguns observam apenas o mal, eu vejo empresas a criarem alianças assentes na confiança, nas trocas, em parcerias verdadeiras, muito longe do bullshit da nomenklatura do marketing, típico das duas décadas anteriores. Visão naif, demasiado optimista, a minha? Alguns dizem-me que sim. Mas não consigo ver as coisas de outra forma. Talvez porque desde o início do ano decidi impermeabilizar-me contra a desgraça militante e generalizada, não assistir a telejornais, retirar da minha vida aqueles que não me querem bem de verdade, mimar muito e muitas vezes todos os que me amam seja com que matizes for e focar-me em absoluto naquilo que quero e gosto de fazer. O meu marido diz que eu sou uma espécie de nómada. Porventura é verdade. Sempre acreditei que às vezes é preciso separar-nos do mundo que conhecemos para descobrir outros mundos bem melhores. Para mim, isso é viver. E este é um verbo que eu adorarei até morrer, nada nem ninguém me poderá tirar isso.

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