O meu tio José Luís, el tio Jose, dava os abraços mais impressionantes do mundo. Dentro dos braços dele voltávamos a sentir-nos pequeninos; a sensação de segurança era tão particular que nunca a experimentei com mais ninguém. Posso dizer que também era um psiquiatra excelente. Que tinha um sentido de humor extraordinário (imitava fielmente o Julito Iglesias a quem chamava el llorón, arrancando-nos gargalhadas sonoras). Que tocava piano de ouvido e cantava salsas como mais ninguém. Que pintava. Que era generoso não só nos abraços mas também em tudo o resto. Mas nada do que eu possa dizer é comparável ao que ele realmente era. Chateia-me tanto este tempo verbal. É que, infelizmente, o meu tio já não é deste mundo, deixou de morar aqui. Vai-nos fazer muita falta, muita falta mesmo. Serve-me apenas de consolo imaginar que, a partir de hoje, o céu vai estar mais cheio de rumba e de risos.
2 comentários:
Minha querida~, apesar de mal ter conhecido o "tio José Luis" acredito realmente que no céu há uma nova estrela que vai brilhar e encantar todos aqueles que com ele estiverem.
Um beijo muito grande neste momento que sei que é de dor.
Minha querida~, apesar de mal ter conhecido o "tio José Luis" acredito realmente que no céu há uma nova estrela que vai brilhar e encantar todos aqueles que com ele estiverem.
Um beijo muito grande neste momento que sei que é de dor.
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