sexta-feira, 15 de maio de 2009

A minha família tem algo de Imelda

Justiça seja feita aos homens: não há coisa que alegre mais uma mulher um bocadinho deprimida que umas compras bem feitas, no lugar certo. 
Toca lá a confessar, meninas. Podemos ser mais ou menos interessadas, mais ou menos executivas, mais ou menos fúteis, mais ou menos desligadas, mais ou menos inteligentes, ou mais ou menos poupadas. A verdade é que num daqueles dias não, uma comprinha faz muito bem. Claro que cada uma terá as suas manias. Eu, confesso que uma das minhas são os sapatos, mal de família que, aliás, se estende a alguns elementos do sexo masculino. 
Nego-me rotundamente a contabilizar os meus pares com receio assumido do valor total. É verdade: acho que tenho complexo de Imelda Marcos. Por isso, em todas as estações, descubro sempre que me faz imensa falta aquela cor, ou que não poderei sobreviver sem o modelo xis. Anteontem (há que notar que só hoje o confesso) foi um desses dias. À minha pequenita neura circunstancial, juntou-se o enorme prazer de ter a minha mãe por perto... junção perigosissima. Assim me desgracei, reservando três pares de sandálias absolutamente indispensáveis... saí de peito cheio e sorriso nos lábios. Valha-nos isso nos momentos menos agradáveis da existência. E quem achar que tudo isto não passa de uma enorme futilidade, ou mente ou não é mulher.

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