"Durante a minha vida assisti ou foram notícias, acontecimentos que marcaram o século passado. Muitos deles permanecerão na história por centenas ou milhares de anos.
A segunda guerra mundial, a queda do muro de Berlim, as independências de tantas colónias e povos subjugados, o progresso enorme dos transportes,da televisão e do ensino. Entre muitos outros. Mas até hoje, ainda não vi que as mulheres, em todos os domínios do ser humano, conquistassem o estatuto de igualdade plena em relação aos homens.
Vou viver mais uns vinte ou trinta anos, não se admirem, se cheguei até aqui dizem as estatísticas, que talvez passeie por cá mais esse tempo. Tenho esperança que as mulheres irão dentro em breve, ocupar o lugar que merecem e devem,na condução e nos destinos dos países onde nasceram.
Se elas têm sido bem capazes de suportar os homens; se têm sido e são capazes, ao contrário dos homens, de fazer várias coisas ao mesmo tempo; se se ocupam naquilo em que os homens não são capazes ou não desejam se ocupar; se continuam a ser capazes,de fazer e criar filhos, com prazer e em todas as condições : porque será que ainda se resignam às situações de favor na política e na resolução dos problemas do país ?
Para variar e sair deste marasmo,destes projectos genéricos e descomprometidos, só 33 por cento dos deputados,ministros,autarcas, poderiam ser homens. Ao contrário do que agora os nossos dirigentes, duma forma que se pretende generosa, concedem às mulheres. Seria o primeiro grande acontecimento do século XXI,a recordar por muitos anos.
Alternativa pior para Portugal, não seria com certeza.
Será que ainda teremos de esperar mais vinte ou trinta anos ?"
(Post escrito pelo meu pai, Alberto Quadros, no dia 26 de Janeiro deste ano. Tem o senhor 82 anos de idade física mas é certamente bastante mais novo de espírito que alguns jovens do sexo masculino que se passeiam por aí. Obrigada, pai.)
2 comentários:
plagiadora inveterada, ferindo a falsa modéstia do teu pai e espicaçando-lhe a vaidade...
com essa propaganda da minha idade,já não me querem para primeiro ministro nem para outros cargos melhores.Vou requerer uma indemnização e um pedido de desculpas.
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