quarta-feira, 11 de abril de 2012

de volta

O tempo não tem mesmo expressão definida, pensou a mulher enquanto revia as três últimas semanas e sentia o cansaço de demasiada coisa vivida numa dor aguda entre o pescoço e o braço direito. O tempo era mesmo relativo e por vezes os senhores lá de cima colocavam provas duras e difíceis diante dos seres humanos como a presença e a ausência de luz ou a velocidade supersónica com que determinados acontecimentos se sucediam, quase sem margem para um suspiro, como se finalmente obrigassem a ver o que muitas vezes não se queria ver. Reagir, agora, era a palavra de ordem. Reagir e reunir forças para novas etapas. São estas a oportunidades de uma vida, rematou ela.

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