Cada vez que o bebé grita com alegria "Vó!" ela fica luminosa (ainda mais). Cada vez que o miúdo mais velho lhes dá um abraço, o sorriso deles inspira dias de vida. Cada vez que se levantam numa casa cheia com a azáfama de vida de uma família nova, o relógio do tempo avança mais uns segundos, mais uns minutos, mais algumas horas.
Avós e netos deviam viver na mesma cidade, ter contacto permanente. A vida enorme dos primeiros recheia a dos segundos, a força e a inocência dos mais novos empurra suavemente a luz dos avós. São os extremos da existência humana a tocarem-se de forma gentil, tão próximos em tantos aspectos físicos, tão enriquecedores naquilo que a alma de uns e de outros pode trocar.
É por isso que nunca vou querer separar-me fisicamente dos meus filhos. Quando o meu tempo chegar, quero ser avó a tempo inteiro.
3 comentários:
E eu Idem, de preferência ao teu lado, ou seja, se ninguém te fizer o favor de levar-te a Londres antes...Rouco
E que fazer com netos em Lisboa, netos e bisnetas no Chile? Talvez no futuro nos possamos desdobrar, ir um sósia meu e outro da consorte para a capital outro e outra para o Chile. De resto, como sempre, descobres verdades da vida, ambições do viver, fazes nascer ou inventar esperanças...
Avós como vocês fazem muita falta, querido pai.
Um beijo
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