quinta-feira, 29 de setembro de 2011

desculpa

Zanguei-me contigo hoje de manhã e não gosto. Até tinha razão, mas não gosto(a razão é tudo menos relevante para estas coisas do coração). Não gosto de te deixar assim, mesmo sabendo que te passa mais depressa que a mim, mesmo espreitando por entre as sebes e observando que brincas como se não fosse nada. O único consolo é saber que às vezes é preciso, que um dia me agradecerás estas pequenas frustrações que te preparam para o mundo que não é igual à nossa casa por dentro. Deixa-me então dizer muito baixinho para que não me ouças: desculpa este papel de polícia mau que tenho de vestir algumas vezes. Ele é a diferença entre ser mãe e amiga. Estas lides da paternidade são tramadas, sabes? À diferença de muitos outros aspectos da vida, aqui temos de escolher um dos papéis. Eu escolhi o de ser mãe para com os meus filhos. É duro, é mais solitário mas ensina, dá confiança, prepara. Bolas, o quanto por vezes gostava de ser apenas amiga. Fica para quando for avó, prometo, isso ninguém me vai tirar.

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