Era a oitava viagem de carro naquele dia entre das e vindas a diferentes colégios, reuniões com clientes, almoços de prospecção, aulas na Faculdade. No penúltimo trajecto, duas raparigas passaram sorrindo no passeio. A mulher olhou pela janela do automóvel, contemplou a beleza da adolescência. Fez um rewind, lembrou-se da sua, visualizou o filho mais velho. É certo que tem muito de exterior mas na realidade somos realmente belos nessa altura. Puramente belos, sem artifícios. O simples facto de pensar nisso, fê-la sentir-se revigorada. Nada fazia disparar mais o seu poder de osmose quanto o bonito do mundo.
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