GOSTO DO PECADO
Conheço em mim a teima
do propósito
apaixonado anseio de alma solta
Uma constante chama
outra e outra
a reacender no corpo o gosto desatado
Reconheço a planta
onde o veneno tapa
o bicho adormecido no seu fundo
Um tigre um milhafre
uma pantera
De mim apenas sei
o que é do mundo
naquilo que é incêndio dói e espera
(O poema, lindo, é da Maria Teresa Horta. Roubei-o à Cecília Andrade, tenho a certeza que não se importa.)
Sem comentários:
Enviar um comentário