O professor de Pilates usou metáforas perfeitas. Pelo menos para ela, que conseguia transportar para a transparência do nada, as palavras em imagens. Ele falou em desprogramar, e ela gostou da ideia,apreciou um novo verbo no seu léxico corporal, sobretudo porque confiava que seria para melhor. O corpo dela foi reagindo, obedecendo às indicações precisas dele. Ela compreendeu a existência de mais músculos e a possibilidade de respirar e reagir de forma diferente. Des-programação tinha tudo a ver com ela. A mulher sorriu para dentro e, pela primeira vez em muitas semanas, nessa noite dormiu sem que o corpo se queixasse.
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