Todos os anos acordava num salto, de madrugada. Se a luz não entrava pelas frestas da persiana, deixava-me estar e procurava adormecer de novo. Quando a manhã finalmente chegava, espreitava debaixo da cama e invariavelmente os presentes estavam lá. Não sei como é que a minha mãe fazia, mas fosse qual fosse a hora do meu despertar, o meu aniversário começava nesse momento. Talvez por isso ou por ter herdado da Abuela Carmen o gene do prazer em completar mais um ano, adoro o meu aniversário. Hoje já não espreito debaixo da cama mas todas as manhãs do dia 21 de Fevereiro acordo com a mesma tentação.
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