Saltou por detrás da porta com o seu saxofone-tenor novinho em folha. Não consigo distinguir quem brilhava mais, mas julgo que eram os olhos dele. Passou o resto da noite a montar e desmontar, arear e limpar, experimentando sons, ávido pela sexta-feira em que tudo irá começar.
Na cozinha, abraçou-me
Mãe, isto é tudo o que eu mais queria.
Fiquei cheia de orgulho; não por mim, mas pelo filho que tenho e pelo pai extraordinário que batalhou ao lado dele para não continuar a atrasar um sonho recorrente.
O meu miúdo mais velho acredita que um dia será um virtuoso do jazz. A mim, tanto me faz. Mas a julgar pela noite de ontem, acredito que pelo menos de coração, já o é.
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