Mona di Orio é o nome dela. Alguém que faz perfumes com os perfumes da existência. Numa entrevista que li sobre ela, dizia que quando era pequena se sentia mal, muito mal mesmo, porque todas as pessoas falavam do que viam, explorando as cores, as sensações visuais e, Mona, tinha um sentido acima de todos os outros que não era o da visão. Ela via (e vê) claro, mas, acima de tudo, cheira, cheirava do mais pequeno ao maior pormenor da vida. Foi assim que se tornou perfumista. Uso-a hoje para me mal-comparar (desculpa, Mona) com ela. Eu sou visão e demasiadas palavras, juntas.Os meus amigos riem-se de mim porque sabem que se usarem metáforas na minha presença 'eu vou vê-las', percebem o que quero dizer? E por isso, em dias como o de hoje, não sei bem se me hei de transformar num écran de cinema, num dicionário de fábulas ou no mais perfeito depósito de frases e ideias visualizadas. Escolham por mim, se fazem favor.
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